Raí segue o exemplo do irmão corintiano
- Petronilo Oliveira
- 30 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de mai. de 2020
O atual dirigente do São Paulo fez lembrar o já falecido irmão. Criticou a pressa pelo retorno do futebol em meio à pandemia e sugeriu que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) renuncie ao cargo pelas inúmeras mazelas que provoca e das besteiras que fala.
Nos anos 80, com a camisa do Corinthians, Sócrates brilhou bastante. Não só pelas lindas jogadas que fazia, e o famoso passe de calcanhar, sempre de forma bastante objetiva e eficaz. Mas o cara da “Democracia Corintiana” dava excelentes exemplos de saber se posicionar em questões políticas.
Cria do São Paulo, bem mais jovem que Sócrates, Raí sempre foi mais comedido que o irmão. Muitas vezes foi até ironizado por isso. As pessoas gostam de comparar, não sei se é certo ou errado, mas faz parte de parte da sociedade e imprensa.
Entretanto hoje (30.4), o atual dirigente do São Paulo fez lembrar o já falecido irmão. Criticou a pressa pelo retorno do futebol em meio à pandemia e sugeriu que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) renuncie ao cargo pelas inúmeras mazelas que provoca e das besteiras que fala.
"Ele está no limite, muitas vezes, da irresponsabilidade, quando ele vai contra todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde”, disse o dirigente.
Raí fez questão de frisar que não estava comentando o pensamento do São Paulo, mas, sim, o dele como cidadão. “Outro absurdo do Bolsonaro é inventar crises políticas ou de interesses próprios, familiares, no meio de uma pandemia. É inaceitável. Tenho certeza que muita gente concorda, inclusive alguns apoiadores do Bolsonaro. Ele foi eleito democraticamente, mas a própria democracia está conseguindo frear”, disparou.
“Um posicionamento atabalhoado, é o mínimo que se pode dizer. Naquele momento, por exemplo, que ele deu aquele depoimento em rede nacional... Ele está no limite, muitas vezes, da irresponsabilidade, quando ele vai contra todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde”, disse o dirigente.
O ex-meia sugere a renúncia de Bolsonaro no lugar de um processo de impeachment. “Se perder a governabilidade, eu torço e espero uma renúncia para evitar o processo de impeachment, que sempre é traumático. Porque o foco tem que ser a pandemia. [O impeachment] não é uma coisa que tem de se pensar agora, energia nenhuma pode ser gasta nisso, mas se estiver prejudicando ainda mais essa crise gigantesca de saúde, sanitária, tem que ser considerado”, opinou.
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