Bola rubro-negra foi fora, e está murcha

Depois de fugir da imprensa e não explicar a situação das famílias do incêndio do Ninho do Urubu, e para variar culpar a gestão anterior, agora veio uma decisão, digamos, estúpida.

---

Se dentro das quatro linhas não há o que criticar do Flamengo - time que venceu quase tudo em 2019 e começou o ano voando até a paralisação devido à pandemia do novo coronavírus -, fora dele a bagunça, a falta de (no mínimo) bom senso perpetuam no presidente Rodolfo Landim e seus comparsas. Depois de fugir da imprensa e não explicar a situação das famílias do incêndio do Ninho do Urubu, e para variar culpar a gestão anterior, agora veio uma decisão, digamos, estúpida.

Em meio ao caos financeiro que todos os setores vêm passando, o que o senhor Landim decidiu? Mandar mais de 60 funcionários do clube embora, podendo usar a MP 936/2020, que permite reduzir salário em 25%, 50% ou 70% os salários por 90 dias e até mesmo suspender os contratos por 90 dias. No bolso de jogadores e comissão técnica que ganham milhões por mês nada foi mexido, mas o pobre coitado que faz mais e aparece menos receberá um “você está demitido” até o próximo domingo.

Silêncio dos milionários

E olha que o valor gasto com os ex-funcionários é aproximadamente cinco vezes menor do que os custos dos jogadores entre folha "oficial" na carteira de trabalho e direitos de imagem. “O Flamengo confirma a medida tida como drástica e garante que as demissões não vão chegar a 10% dos cerca de mil funcionários do clube”, disse o clube ao globoesporte.com. Parabéns pelo bom senso e pela responsabilidade!

E cadê o tal grupo unido que se irritou com a direção que não queria pagar parte da premiação para funcionários que cuidam do Centro de Treinamento do Rubro-Negro carioca na época do Mundial e da Libertadores? Ninguém vai se manifestar nem tocar no assunto e defender os que mais precisam?